Quando o(a)
atleta amador(a) ou profissional atinge bons rendimentos nos treinamentos
buscam se desafiar em competições da sua modalidade.
E de repente
às vésperas do grande dia surgem os desconfortos dos mais variados possíveis.
Desde as
insônias, noites mal dormidas, dores de estômago, indisposição física,
ansiedade e o medo invadem, sabotando meses e meses de treinamentos.
E o discurso é
muito comum entre aqueles quem viveram essa experiência.
- "eu
nunca me senti assim nos treinos".
E o que a
Psicanálise vem trazer para dar uma luz sobre esses sintomas?
Como a matriz
criadora da Psicanálise foi a descoberta do inconsciente, fundamentada por
Sigmund Freud, no início dos anos 1900, essa ciência pode contribuir para o
nosso entendimento.
Os fatores
não visíveis, cravados no inconsciente são trazidos para a realidade dos
atletas através de transferências, associações e representações psíquicas.
Sendo assim a
busca pela vitória ou por um ótimo resultado nas competições podem estar
atrelados inconscientemente ao desejo de afeto,
aprovação e reconhecimento, seja por seu técnico/treinador ou mesmo por
seus amigos de equipe e torcedores.
Esses são os
ganhos secundários da vitória e nos aproximam ao prazer, a satisfação e a
felicidade que preenchem um vazio psíquico que não percebemos conscientemente.
Por isso
treinamos bem, mas quando nos deparamos com os ambientes de competição tudo
muda e os resultados são afetados.
É como se
virássemos uma chave psíquica criando uma necessidade imaginaria de obrigação à
vitória para nos manter "vivos", queridos, aceitos e amados.
Assim podemos
confirmar que todo(a) atleta, seja amador(a) ou profissional, deve cuidar da
saúde mental e descobrir os fatores que levam aos sintomas psicossomáticos
indesejáveis.
Anderson do Prado-Pinduca
Personal Trainer Psicanalista
@pinducaprado